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Coocam recebe produtores de sementes de SC

Coocam recebe produtores de sementes de SC

20-12-2010

Campos Novos – Mais de 15 produtores de sementes participaram, nesta última quarta-feira, dia 10, da assembléia da Aprosesc – Associação dos Produtores de Semente de Santa Catarina, que aconteceu nas dependências da Coocam, com o intuito de tratar de questões ligadas a segurança, fiscalização e posicionamento das entidades que representam os produtores no Estado.

O presidente da Abrasem – Associação Brasileira de Sementes e Mudas, Narciso Barizon, esteve presente e discorreu sobre de temas de grande importância para os produtores do mais importante recurso da produção rural – a semente.

Segundo Narciso, a Abrasem, junto da Aprosesc é uma entidade que visa brigar pelos interesses dos produtores de semente no Brasil frente ao governo, as entidades bancárias e de agronegócio, sendo que o mercado de sementes hoje soma  mais de 620 associados, num total de 42.070  agricultores cooperantes. “O mercado de sementes hoje emprega mais de 244 mil pessoas direta e indiretamente no Brasil, sendo que o país conta com algo em torno de 16 mil pontos de venda”, explicou.

Um mercado bem significativo para a economia nacional, se considerarmos que o Brasil está entre os três principais países na produção de sementes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da China. E como o principal exportador de soja.

Narciso lembrou ainda da importância da obtenção de genética de qualidade e do avanço nas pesquisas de semente visando uma maior produtividade, sendo que hoje a população mundial cresce 12% a cada ano, e a área cultivada apenas 4%, daí a conclusão de que apenas com maior produtividade os produtores conseguirão alimentar toda essa população.

Assuntos como a importância da plantabilidade das sementes que estão no mercado, da conscientização do produtor rural para utilização de cultivareis de qualidade, sendo que hoje a semente represente apenas 3% do custo da lavoura, e da diminuição da pirataria também foram tratados. Além disso, os produtores já aproveitaram a ocasião para determinar o calendário de cursos e treinamentos para o ano de 2011.

Segundo o engenheiro agrônomo da Coocam, Cristiano Nascimento encontro como esses são primordiais para que os produtores de semente tenham noção da importância do investimento em pesquisas, e assim, fornecer qualidade para as lavouras dos produtores rurais.

O vice-presidente da Coocam, Riscala Fadel Júnior que esteve presente na reunião, lembrou da importância do associativismo e união no desenvolvimento de um segmento de extrema importância para o setor de agronegócios.

 

Fiscalização também foi tema do encontro

 Com a presença da Cidasc, os produtores de semente puderam ter acesso às novas regras de fiscalização que estarão vigorando no setor de comércio de sementes e mudas no estado de Santa Catarina.

De acordo com o Gerente Estadual de Defesa Vegetal, Aarão Luiz Schmitz Júnior, a Cidasc está iniciando atividades que são parte de um trabalho complementar ao do Ministério de Agricultura no sentido de fiscalizar o comércio de sementes e mudas. Isso, porque de acordo com lei promulgada em Julho de 2010, compete agora ao Estado a fiscalização desse setor.

Nos meses anteriores a Cidasc desenvolveu um manual de fiscalização que foi repassado para as 20 regionais do Estado, que englobam as 293 cidades de Santa Catarina para divulgação e possibilidade de adequação dos estabelecimentos que comercializam sementes. O manual dita regras de conduta da venda de sementes, e deve ser aplicado por todos os produtores e pontos de venda. “Além de promover a fiscalização nos pontos de venda, também estamos fazendo junto das barreiras da Cidasc. Tudo com o intuito de garantir a qualidade da semente comercializada no Estado”, explicou Aarão.

Conforme a Engenheira Agrônoma da regional de Campos Novos, Patricia Almeida Barroso Moreira, Santa Catarina tem diversos problemas com a comercialização de sementes piratas, que gera um comércio desleal junto aos fornecedores de sementes regulamentados. “Vale lembrar que só existe comércio de sementes pirata porque existe a compra dessas sementes. O que é um risco para o produtor rural, que no caso de prejuízos, não tem a quem recorrer”, explicou Patricia que finalizou dizendo que o produtor rural deve ter a consciência de que a compra de sementes com entidades sérias traz maior segurança para sua plantação.